terça-feira, 30 de agosto de 2011

DE REPENTE

"De repente, num dia qualquer, sem motivo ou porque, sem nem mesmo pedir licença, em apenas um instante de distração... acontece... E daí em diante tudo muda, a cabeça vira, os pensamentos são invadidos, sensações estranhas acontecem... e se chora, e se ri, e se sonha... e se sente medo. Você só percebe o que se instalou quando um amigo qualquer lhe observa e pergunta: Viu um passarinho verde?
Como algo que chega assim tão despretensiosamente pode se tornar tão evidente a ponto de você não conseguir esconder, subverter ou esquecer? E haja tempo livre para pensar e fazer bobagens, para ouvir música, para ler poesia, para suspirar...
Não é possível entender, explicar e nem mesmo evitar agradecendo gentilmente com um “não obrigado” ou “mais tarde talvez”. E nem pense em tentar controlar, estabelecer limites, impor condições... sim, só lhe resta uma alternativa: render-se, deixar que tome conta, que preencha os espaços e que faça de você “gato e sapato”. E acontece tudo assim de repente, num dia qualquer..." Janaina Xavier, agosto de 2011.

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