domingo, 29 de janeiro de 2012

Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo? (Fernando Pessoa)
Antônio Canova, Eros e Psiquê (1793)


sábado, 14 de janeiro de 2012

Busque amor, novas artes, novo engenho,
para matar-me, e novas esquivanças;
que não pode tirar-me as esperanças,
que mal me tirará o que eu não tenho.

Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes, nem mudanças,
andando em bravo mar, perdido o lenho.

Mas, conquanto não pode haver desgosto
onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê.

Que dias há que n'alma me tem posto
um não sei quê, que nasce não sei onde,
vem não sei como, e dói não sei porquê.

Luis de Camões


Leonid Afremov. Night Loneliness.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

2012

Enfim o ano terminou. É hora de avaliar o que aconteceu nos últimos 365 dias, aprender com os erros e se regozijar com os acertos. Ajustar as velas e recomeçar... sempre... e mais uma vez. Este ano resolvi não fazer a famosa listinha de pedidos para Deus. Vou apenas expor minhas necessidades e deixar que Ele faça conforme sua vontade. Pelo menos tentarei “buscar em primeiro lugar o Reino dos Céus e a sua justiça e esperar que as demais coisas me sejam acrescentadas.” (Mateus 6:33) Pretendo com esse exercício criar menos expectativas, ficar menos ansiosa e desenvolver minha fé. Falarei do que sinto e do que me inquieta sem apontar soluções, deixando que Deus dirija as coisas e me conceda suas dádivas segundo lhe aprouver. Simples assim... feliz 2012 para você. (Jana Xavier, janeiro 2012)

Capela Sistina, Michelangelo